terça-feira, 31 de maio de 2011

FENOMENOLOGIA DA PERCEPÇÃO:

Uma complicação atrás da outra...

Lendo e relendo os conceitos fenomenológicos propostos por Husserl, creio que cada um faz uma interpretação do que foi dito e escrito por ele, só que ai é que mora o problema, até então nos deparávamos apenas com objetos e comparações simples e corriqueiras como pensar, por exemplo, no retorno às coisas mesmas como um ato obrigatório para entender  um acontecimento ou “o” acontecimento, mas o que o texto de Maurice Merleau-Ponty nos propõe é que voltemos a nossa percepção para uma fenomenologia diária, e ai o negocio complica e fica bem difícil. O que quero dizer é que eu fazia exatamente o que ele critica neste texto, ou seja, entendia, ou pensava que entendia, o mundo apenas por sua definição e não pelo que de fato ele é, separava conceitos onde o mundo para um é assim e para outro é assado, entende? Separava as definições no intuito de tornar qualquer diálogo a respeito do assunto mais democrático e ainda assim sem perceber não chegava a lugar nenhum.
Vamos ao conteúdo do texto, mas antes vamos dar uma olhadinha em alguns conceitos da Fenomenologia: Retorno às coisas mesmas, Essência/Existência ou Existência/Essência (restos do meu ego existencialista), Intencionalidade, Redução Fenomenológica. Espero sinceramente conseguir abarcar cada um deles, pois no texto foram de suma importância para meu entendimento. O que é fenomenologia? A definição fechada para mim é dificílima, mas creio que a definição seria entender um fenômeno através de um retorno ao momento em que ele aconteceu e tentar entendê-lo sem utilizar nenhum conceito pré- fabricado. Creio que seria esta a minha resposta em qualquer outra situação, porém no texto o autor nos coloca frente a frente com outro conceito, bem mais completo admito, diz que a fenomenologia é o estudo e a definição de essência,  da essência da consciência e essência da percepção, veja ai o porque logo o inicio do texto eu fiquei em duvida se seria realmente capaz de escrever algo que pudesse definir esta filosofia. Pois bem o retorno às coisas mesmas que eu julgava a simplicidade em conceito, não é bem assim: o retorno que ele nos mostra seria justamente voltar ao momento em que algo me aconteceu e julgar qual foi a minha percepção dele, já a intencionalidade seria entender, por exemplo, que um carro significa algo para mim e para outra pessoa significa algo completamente diferente mas o carro em si é uma coisa que não se modifica ele apenas é, dêem a ele uma nova pintura, rodas novas, equipamentos de ponta mas mesmo assim ele continuará a ser um amontoado de ferro em cima de quatro rodas que rodam em direção a algum lugar, pois quando disse que a representação de um carro difere de mim para você é porque intencionei diferentemente de você. Entendeu?
 E por ultimo a existência precedendo a essência, é como dizer que eu existo e que o que me define já está em mim, e não em outra instância fora, como se eu já trouxesse desde o momento em que fui gerado a letra T do meu nome e assim ficasse impossível de ser outro cujo nome começaria pela letra J. No texto ele ainda quebra algumas outras definições que eu já havia adotado como certas, por exemplo, ele nos propõe pensar o mundo como o que ele é e não através de definições separadas como as econômicas, biológicas, sociológicas ou filosóficas. Espero sinceramente que o que eu escrevi não tenha ficado completamente sem sentido, pois para mim apesar de bastante complicado foi também muito prazeroso ligar a Fenomenologia à Percepção e entender que desta forma ela faz mais sentido.  

Um comentário:

  1. o home está sempre analisando os seus atos e suas conseguencias diante da sociedade e mundo que vive, tendo sempre uma percepção de si mesmo e do mundo. Jane

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