quinta-feira, 14 de abril de 2011

Escolho, logo existo! Será?

Escolha... Uma palavrinha relativamente pequena, mas com um grande conceito. Estudando os preceitos do Existencialismo, não só em sala de aula, fiquei por várias vezes com uma sensação esquisita de que algo estava errado, não nos conceitos, mas em mim. Esta não é uma afirmação fácil de fazer, pois creio eu que cada um tem em si uma idéia de certo e errado e tem também uma auto-imagem, que nem sempre é clara, mas... bem aqui tenho que abrir um parêntese e me justificar, sou muito prolixo e algumas vezes neste texto você que o estiver lendo verá oscilações claras, mas vou fazer o possível para ser o mais sucinto possível, prometo. Como eu ia dizendo, ou escrevendo, cada um de nós tem uma auto-imagem e como todos eu também, mas esta foi profundamente abalada quando eu li a seguinte frase: “O homem está condenado a ser livre”, já muito batida é verdade, mas creio que na minha desordem particular nunca havia parado para analisá-la, a verdade é que minha angústia vem de um sentimento de descrença que já me acompanhava há algum tempo e que teimava em deixar guardado em uma de minhas gavetas, mas diante desta frase eu percebi que eu teria que tirá-lo do local em que ele estava e vesti-lo como uma roupa que custa a entrar, mas que você insiste em colocar e quando coloca fica aquela vaga sensação de estar ridícula, por que eu não queria pra mim a responsabilidade que a minha vida está em minhas mãos, era tão mais fácil colocá-la em deus e simplesmente esperar que ele agisse de forma certeira, eu pensava: ele sabe o que faz, ele sabe o que é melhor para mim, e hoje essas palavras não poderiam me soar mais estranhas, a verdade é que eu sempre fiz minhas escolhas e elas estão dando seus frutos...  
Pelo que eu entendi, qualquer ação produz uma reação que pode ser imediata ou não, eu escolho agir assim e não assado e desta forma estou exercitando minha liberdade, mas também estou abrindo uma opção a mais para outros também agirem como eu, e se... ah, e se eu não estiver agindo corretamente? E se eu estiver de alguma forma prejudicando alguém com a minha escolha? É ai que para mim nasce a angústia, claro que numa pessoa tão descompassada como eu ela está bem mais presente do que gostaria de admitir, mas é quase sempre aqui que ela dá as caras e costuma vir acompanhada de uma coleguinha chata: a culpa, mas exemplificando melhor pense comigo: se eu escolho jogar a ponta do meu cigarro no chão, por que não encontro uma lixeira ou qualquer outra coisa, então eu estaria assim abrindo uma opção para todos os outros fumantes do Ceará, do Brasil e até do mundo de maneira que nós poderíamos transformar esta cidade em um cinzeiro(como se a nossa Fortaleza Bela já não tivesse buracos suficientes). Creio que é isso, já exemplifiquei algumas coisas e espero que esse texto possa ter elucidado algo na teoria de Sartre.

15 comentários:

  1. Ocorrem escolhas a todo momento,mesmo não querendo o ser está destinado a tal acontecimento.Dizem que somos livres,como?
    Pois se fazemos uma escolha ou não sabemos o que fazer sempre haverá um destino.Cuidar de sua vida não é sinônimo de liberdade e sim de limitações que devemos respeitar..

    ResponderExcluir
  2. anh?... boiei com relação ao comentário!

    Gostei do escrito Tiago...rs
    Sabe, esse espaço ta começando a ficar bom!

    ResponderExcluir
  3. Olá Jussara e equipe...
    Gostei dessa postagem.
    Também fiquei me questionando sobre a frase que O homem está condenado a ser livre!
    Mas com esta refexão enfatizamos que o homem é livre e esta é uma caracteristica central do homem.
    A liberdade em Sartre é a liberdade efetiva, não é o sonho da realidade, e nem sempre a realidade que vivenciamos em nossas vidas.
    Abraços Natália Martins

    ResponderExcluir
  4. Oi Natália, então como está na descrição do blog esse espaço foi criado justamente para isso. Para debatermos as angustias que está contida nas teorias de Sartre, obrigada pelo comentário.
    As questões que o Thiago levantou são muito pertinentes a citação de Sartre que causa tanta angustia nele causam as mesmas em mim, Quando ele nos acorda para o fato de sermos livres e nos dar tamnha responsabilidades, nossa é muito pesado.

    ResponderExcluir
  5. hum, concordo com a karol, esse espaço está ficando bom mesmo... thiago.

    ResponderExcluir
  6. Thi... Seu texto foi muito depressivo.. Não pelo conteúdo mas pela falta de cor..
    Cadê seu espirito de diversidade?..rs

    ResponderExcluir
  7. Bem meus amores não sou nehuma expert, mas tentaremos aqui juntos resolver este questionamento, a princípio analisemos a frase "O homem esta condenado a ser livre." Lembro-me de algo que Sartre falou que mesmo que o homem não queira optar, já está optando, ou seja, se eu tenho dois caminhos por exemplo, e não quero escolher nenhum dos dois, permaneço então parado, o que de fato, não deixou de ser uma escolha, escolher ficar parado. A palavra "condenado" ilustra muito bem essa questão, eu não posso não querer escolher, pois se eu não quero, eu estou querendo, não querer...entendeu?! hahah um pouco louco não?! enfim, espero ter contribuido com vcs, parabéns pelo blog, Bejinhoss FRAN...

    ResponderExcluir
  8. gostei do escrito, é tambem fiquei refletindo nessa frase de Satre , em que ele diz que "o homem está condenado a ser livre".
    Roberta ....

    ResponderExcluir
  9. Oi gente, pra mim a liberdade é algo difícil de ser conceituado e até mesmo optado. Acho que a liberdade está em ser você mesmo com as suas opções que o tornam único diante de todo o resto da humanidade e das suas diferentes escolhas.
    Priscilla Carvalho

    ResponderExcluir
  10. A minha interpretação onde Sartre fala que "o homem está condenado a ser livre" é de que realmente éramos para o ser livres, donos de nossas vidas. Mas somos "obrigados" a acreditar que somos livres e temos escolhas,mais nesse mundo há outras questões de sobrevivência que vão além da liberdade..

    ResponderExcluir
  11. quais, se tudo é perpassado pela liberdade?
    ela cabe em qualquer situação, qualquer questionamento pode versar em cima do conceito de liberdade.

    ResponderExcluir
  12. Sartre disse:“O homem está condenado a ser livre”, livre e ao mesmmo tempo prisioneiro dos seus desejos. Como disse Schopenhauer, "O homem é livre fazer o que quer e mas não é livre para querer o que quer", ou seja, quando ele quer, já quis, já teve o desejo, não pode desquerer, não pode desdesejar. Portanto, a condenção do homem a ser livre foi mitigada pelo desejo que o livrou da responsabilidade de ser totalmente livre.

    ResponderExcluir
  13. Interessante, não sei bem ao certo a minha opinião sobre a pergunta, tenho idéias sobre a mesma que me confunde, mas confesso que apenas pensar não garante minha existência realmente se faz necessário escolher e agir, isso sim me faz ser um ser existente e ativo na sociedade e em minha vida.

    ResponderExcluir
  14. muito interesante o comentario da colega Jane, onde e realmete isso que sartre nos passa uma liberdade prisioneira.

    ResponderExcluir