Nem tudo que parece é! (...Mas pode vir a ser?)

A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita.

(Mário Quintana)

ok...
Longe dos bares dessa vez e em companhia alguma de música - não garanto sair um texto muito inspirador, mas entre colar e copiar eu opto por minha rala argumentação pouco lógica..rs - gostaria de gradecer a participação dos colegas de sala no nosso blog e dos desabafos sofridos e compartilhados..rs (nisso que dá discutir existência).


Pois bem... Adotando uma postura mais acadêmica neste momento; proponho discutirmos sobre Representação Social (é que o tema "identidade", apesar de fazer relação com esse tema, não me chamou muita atenção..deixo para os outros editores do blog...rs).

Ao estudar sobre RS chegamos a conclusão de que as coisas são pensadas, criadas e geradas a partir da RS que construímos ou que reproduzimos sobre alguém ou alguma coisa. Com isso, relembro a idéia de percepção sobre o Modelo Mental; que fala que na verdade não vivemos o real e sim a representação desse real. A fenomenologia que diz que não conhecemos a coisa em si mas apenas seu fenômeno.

....Ludibriante imaginar que vivemos sob e sobre uma criação de representação de mundo construída por nossa representação e a representação dos outros (não necessariamente nessa ordem).
Ludibriante por tamanha inteligência humana (ou necessidade) de conseguir construir todo um cenário de mundo tão palpável e ao mesmo tempo que concreto levantado sobre alicerces tão fantasiosos ou pouco reais..rs (viajei né).

Uma observação interessante feita pela professora Deyseane que fiquei "matutando" foi; "... Construímos a representação social das coisas a partir da representação social minha e do meu grupo". (por isso alguns gays querem matar alguns heteros?).

Então chegamos ao ponto da discussão sobre; "COMO ROMPER COM ALGUMAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS POUCO POSITIVAS"?
... Trazendo a psicologia como exemplo; minha representação social sobre a categoria sempre foi muito negativa e resistente; para mim todo psicólogo era burguês com idéias de mudança de mundo pela misericórdia (não de Deus... mas de Jah) e com isso adotavam um estilo pseudo-alternativo, fumavam maconha e tinham aversão aos filósofos por acharem que os mesmos eram pouco objetivos. (certo, e por que mesmo resolvi fazer psicologia?..rs)

Pois é...
Essa minha RS dos psicólogos se construíu dentro da área social e se descontruiu com a atuação de dois psicólogos que conheci. Na verdade, assim como na Filosofia ou qualquer área de Humanas as pessoas adotam sim alguns esteriótipos; mas eu não posso desvalidar um movimento por exemplo por conta de idéias que concebi sobre algumas pessoas com base em experiências pouco positivas.

Usando um fato de minha vida como exemplo; certa vez questionei o movimento LGBTT sobre o fato dos membros terem posturas preconceituosas com relação aos heteros e bissexuais. E tive como resposta algo que me fez refletir melhor. Foi mais ou menos assim...." O movimento, assim como as instituições, assim como as áreas de humanas são feitas por pessoas; e pessoas que estão dentro de uma construção social com uma infinidade de representações sociais dos outros e de si; e um movimento ou instituição não deve ser desvalidado pela atuação de alguns ou pela visão negativa que eu tinha sobre algumas atuações.

É...
E isso me fez refletir sobre uma porção de coisas; desde esse dia saí mais da minha posição de "ser do contra" e passei a pensar melhor antes de apontar algumas coisas...rs

Conclusão?
Creio que RS pouco positivas podem ser rompidas sim com um atuação diferente desse que está sendo Representado (em alguns casos). Ou então vou estar taxando algo de X e dizendo que se o individuo quer se diferenciar deve assumir postura de Y, e com isso a RS é que vai estar valendo, não o que de fato é.

Vejo RS como  na idéia de PERCEPÇÃO. Ou seja; eu necessito construir um modelo (idéia) de algo ou de mundo, por mais que não seja um modelo fiel ou verdadeiro é o que possuo para explicar nesse momento. Com o passar do tempo informações vão sendo agregadas e essa percepção vai se reconstruindo e vai se tornando mais próxima do real. Quanto mais informações eu tenho, mais fidedígna será essa idéia que possuo sobre algo, alguém ou o mundo.

OBS: Não vejo necessidade de por no blog os assuntos como uma aula, tentanto dizer de onde surgiu, por que surgiu e o que o teórico tal falava. Vejo como um espaço de "DISCUSSÃO"... e é fazendo relação com tal coisa ou tal fato que vamos descobrir se de fato compreendemos o assunto dado ou se construímos outro assunto...kkk
(Teoria de Karol..rs)

 O assunto já foi dado em sala, não precisa ser dado aqui!


Desculpem qualquer erro gramatical ou de raciocino... estou atrasada pra uma consulta (..Psiquiatra..rs)


Ass. Karol Pagu